quinta-feira, 28 de maio de 2009

Efeito estranho

terça-feira, 26 de maio de 2009

Vai para a... !!!!!!!

sábado, 23 de maio de 2009

Corações animais

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair...

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir...

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais...(2x)

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar...(2x)

Não me vejo feito fera
Muito menos anjo
Eu quem faço o meu destino
Traço os meus planos
Sei que meu sexto sentido
Não vai me trair...

Troco o riso pelo pranto
Em qualquer negócio
Sei que tem olhos do medo
No fundo do poço
Estou sempre maquiado
Quando vou sorrir...

As leis dos meus olhos
São feitas por mim
Até na mesma mão
Os dedos não são iguais
Tem loucos
Que se olham no espelho
E se acham normais
Ninguém ganha o jogo
Sem ter ambição
Não se apaga o fogo
Com fogo na mão
Os gritos no silêncio
Não assustam
Corações Animais...(2x)

Eu me escondo num segredo
Sem qualquer mistério
Aqui se faz, aqui se paga
Pode acreditar...(2x)

Composição: Luciana Browne Fatima Leão / Vinicius

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Resumo Crítico de "Dias de sombra dias de luz"

Jurandir Freire Costa ao escrever o texto "Dias de sombra, dias de luz", explana temas que são comuns a sociedade hoje, temas estes que não são dos mais agradáveis a falar- mas que são a dura realidade-, como: morte, estupro, guerras entre outras atrocidades que acontecem em nossa volta. No decorrer do texto Jurandir faz reflexões como a de ficar do lado do menino João Hélio ou do lado de seu assassino. Antes do texto começar tem a seguinte frase: "Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê", e é isso que o texto aborda ao longo de suas reflexões sobre temas polémicos, pois se continuar nessa carnificina que assistimos todos os dias em telejornais não há sonho -quanto mais realidade-, mas o autor diz acreditar nos jovens de hoje para que haja o "exterminio" desta carnificina cotidiana, e que não haja só o sonho, mas tambem a realidade do mesmo.

Resumo de citação de "Dias de sombra dias de luz"

Dias de sombra, dias de luz ___ Jurandir Freire Costa

Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê?


Começo pelas sombras. O Brasil vive uma escalada da violência urbana desorientadora. Quando a lista de atrocidades parecia esgotar-se, aparece mais uma figura do medonho, do horror dos horrores, a morte do menino João Hélio. Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo.


O assassinato de João Hélio por um adolescente que afirmou “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho” mostra a face disforme do imaginário da terra de palmeiras onde cantam sabiás. Ao ser privado dessa experiência afetivo-moral básica, o jovem criminoso também foi privado de conhecer a distinção entre o justificável e o injustificável. A impiedosa engrenagem da miséria triturou sua capacidade de introjetar o sentido ético do que Levinas chamou de “infinita responsabilidade pelo Outro”!


Aí, porém, reside a trágica antinomia da condição humana. Podemos, é claro, conceder-lhe o benefício da ausência de consciência plena do crime cometido; podemos olhar com clemência a dolorosa história de vida que o fez praticar o que praticou, mas não podemos isentá-lo da autoria do seu ato. Conclusão: é nosso dever ético condenar e procurar mudar, por todos os meios possíveis, regimes socioeconômicos que favoreçam a formação moral de pessoas sem consciência do que seja crueldade.

Renato Janine Ribeiro, ao comentar o homicídio do menino João Hélio, exprimiu esse mal-estar. A fantasia de vingança contra o assassino que lhe veio ao espírito, entretanto, nem significou incitação à tortura - longe disso!-, nem neutralidade moral em relação ao Bem e ao Mal. Nós, não! Nós somos embaixadores do Iluminismo, do Humanismo ou de qualquer outro “ismo”. Por conseguinte, vir a público falar do que sentimos em momentos de comoção moral e intelectual significa confessar o pecado leigo de lesa-razão! Crime, diz-se, é com a justiça, e fora da justiça não há salvação. Porém, o que chamamos de justiça, entendida como lei ou direito instituídos, não nasce da cabeça de Zeus. Nasce de um sentimento anterior, pré-reflexivo e pré-racional, adquirido mediante experiências psicológico-morais primárias, que ao longo das vidas pessoais e da vida cultural tornam-se familiares. Acontecimentos extraordinários do ponto de vista moral podem, assim, fazer-nos hesitar quanto à propriedade e a natureza do que julgamos justo ou injusto. No caso de João Hélio, como decidir entre a piedade devida a cada um e a equanimidade devida a todos? O que é mais justo: pedir o endurecimento na punição do responsável pela morte de uma criança inocente brutalmente assassinada ou argumentar, em favor do adolescente assassino, que ele jamais teve condições de entender, por questões psicológico-sociais, que o direito à vida é uma prerrogativa de qualquer ser humano?


Pode-se responder: podemos ficar ao lado dos dois, escolher um lado contra o outro, ou não querer pensar no assunto, pouco importa. O fundamental é que isto é da alçada da justiça válida para todos e não do arbítrio voluntarista ou dos espasmos emocionais de um só. Como bem apontou Olgária Mattos, não por acaso, Adorno, no julgamento dos nazistas, foi levado a dizer algo mais ou menos assim: não faria o menor gesto para condená-los à morte; não faria o menor gesto para poupá-los da morte! No mesmo tom, não foi algo semelhante que levou Hannah Arendt a dizer que há crimes sem perdão, pois aqueles a quem competeria perdoar já não podem mais fazê-lo, por terem sido mortos?


Naturalmente, o infeliz garoto assassino não é um nazista. Ele é um sobrevivente social a quem foi sonegada a mais elementar possibilidade de valorizar a vida do próximo. O gênio da língua tarda, mas não falta. Como, por exemplo, combater a secular injustiça brasileira, reforçando, ao mesmo tempo, as instituições democráticas, se dependemos, para isso, de parlamentares, que, na maioria, sequer se dão ao trabalho de ocultar do público a baixeza de seus mesquinhos interesses? Como fazer deste país um país tolerante, se os líderes intelectuais, empresariais, políticos etc, comportam-se como fanáticos encastelados em seitas ideológicas, sempre prestes a renunciar ao diálogo e à persuasão e a desqualificar com arrogância ou desdém a opinião do opositor? Como, enfim, restaurar o princípio da boa-fé atribuível, em primeira mão, ao outro, se vemos líderes políticos mentir despudoradamente ou empresários da locomotiva agrícola falando de “liberalismo”, enquanto literalmente escravizam ou deixam morrer por exaustão física seus empregados?


Não sou derrotista ou desistente. O primeiro é o da conversa recente entre o ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, e três governadores recém-eleitos. Elite são os melhores; os que pensam e agem com a consciência da responsabilidade pública que têm, em função do poder social e da autoridade moral que souberam conquistar no legítimo exercício de seus talentos e competências.O filme trata da escolarização de adolescentes brasileiros de pequenas cidades rurais do Nordeste, da periferia das grandes cidades do Sudeste e da alta classe média paulistana. O mais importante, contudo, é a surpresa de testemunhar o vigor do desejo de auto-realização e de justiça que anima tantos jovens brasileiros que ainda não sucumbiram á lavagem cerebral do “este país não presta”. Da humilde garota pernambucana que supera obstáculos gigantescos para concretizar suas aspirações literárias ao depoimento de duas garotas da escola paulistana, o que vemos é o desenho humano do que deveria ser uma verdadeira elite. Eis uma das chaves da saída: um só mundo, um só povo. No mundo deles - se permitirmos - a referência do pronome “nós”, na sensível expressão de Rorty, será estendida a todos os brasileiros e a todos aqueles que elegerem nosso país como um bom lugar para se viver.

Gripe Suína


A Gripe Suina é uma doença que tem como conseqüência uma variante do vírus H1N1, a transmissão e a apresentação dos sintomas da gripe suina pode ocorrer através do contato com o animal e objetos contaminados. Sendo que surgiu uma nova variante, que pode ser disseminada entre humanos e esta causando uma epidemia no México. Desde o seu surgimento, a gripe já fez até agora 149 vítimas, e sob suspeita da doença o número é de 1600 pessoas, a organização de saúde Mundial, declarou que a doença já esta sendo uma emergência na saúde pública internacional.
Contágio da Gripe Suina

A gripe suína tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum, com contato diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos contaminados, o vírus também se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente. A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a mesma à 71 graus Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive.

Sintomas da Gripe Suina

Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum, estão incluídos: febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga, surgiram pessoas com vômitos e diarréias. Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode levar uns 6 meses para que isso ocorra. O medicamento oseltamivir segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros testes contra o vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal efeito. O que podemos fazer é sempre estar lavando as mãos, mesmo porque temos que evitar asgripes comuns, que também pode trazer consequências. O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando que nenhum passageiro, esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe, não esteja aparente, temos que estar alerta por um período, pois algumas delas vieram de paises que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom estar em alerta e conscientizar a todos.

Gripe Suína no Brasil

Foi anunciado pelo ministro da Saúde, José Gomes, confirmou nesta noite, quarta-feira (7) que existem 4 casos da gripe suina no Brasil. São os primeiros registros da gripe no país. Os quatro brasileiros com a gripe, são jovens adultos, que teriam contraído a doença no exterior. Duas pessoas são de São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Minas Gerais. Três casos são de pessoas que estiveram no México; e outro esteve recentimente nos Estados Unidos. Sobre o uso de máscaras após a confirmação dos casos no Brasil, o ministro comentou que não existe a necessidade, pois o vírus não está circulando. Nem todos que usam máscaras na rua, estão tentando se previnir do vírus, mas pode ter realizado algum cirurgia delicada, como um transplante. O Brasil está preparado para tratar até 12,5 mil pacientes, e pode produzir medicamentos para o tratamento de até 9 milhões caso exista a necessidade. Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, confirmou dois novos casos da gripe suína no Brasil. Os novos pacientes são de Santa Catarina e Rio de Janeiro. O anuncio dos novos casos foi realizado em um coletiva, do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. update: No Brasil são 8 casos confirmados até o momento e 22 número de casos suspeitos da nova gripe. Estados Brasileiros com casos suspeitos: Rondônia , Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Pernambuco, Goiás, São Paulo, Ceará, Pará e Piauí.

Cepa do Vírus H1N1 foi entregue neste sabádo dia 16/05 a cepa do vírus H1N1 à Organização Mundial da Saúde (OMS) e também os dados estatísticos e clínicos: como o vírus age no organismo dos pacientes; os primeiros sintomas; as internações; os óbitos e locais onde os casos foram registrados;

Esses dados e as cepas do vírus, vão auxiliar na criação de uma vacina, que posteriormente vai estar disponível a todos os países. A OMS desenvolvendo essa vacina contra gripe suína, posteriormente a disponíbilizará a todos os países.

Alvorada voraz

Composição: Paulo Ricardo / Luiz Schiavon

Na virada do século
Alvorada Voraz
Nos aguardam exércitos
Que nos guardam da paz
Que Paz?...

A face do mal
Um grito de horror
Um fato normal
Um êxtase de dor
E medo de tudo
Medo do nada
Medo da vida
Assim engatilhada...

Fardas e força
Forjam as armações
Farsas e jogos
Armas de fogo
Um corte exposto
Em seu rosto amor...

E Eu!
Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar
Hey!...

Apocalípticamente
Como um clip de ação
Um clic seco, um revólver
Aponta em meu coração...

O caso Sudam,
Maluf Lalau,
Barbalho Sarney,
e quem paga o jornal?

É a propaganda,
pois nesse país
é o dinheiro que manda


Juram que não
Corrompem ninguém
Agem assim
Pro seu próprio bem
Oh!...

São tão legais
Foras da lei
Sabem de tudo
O que eu não sei
Eu sei

Nesse mundo assim
Vendo esse filme passar
Assistindo ao fim
Vendo o meu tempo passar
Hey!...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Arco ou Barco?

CHÃO DE GIZ

Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...

Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...

Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...

No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...


Composição: Zé Ramalho

terça-feira, 19 de maio de 2009

Criatividade é tudo!

Abaixo, estão relacionados alguns nomes estranhos de pessoas, registrados em cartórios de todo o Brasil. O objetivo não é de ridicularizar ninguém, mas sim de trazer uma pequena amostra da criatividade do povo brasileiro. Os nomes foram coletados a partir de listas públicas, como uma relação de segurados com nomes estranhos divulgada pelo extinto INPS na década de 80, e pesquisas em cartórios realizadas por autores de livros especializados. Vejamos os Nomes !

Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida
Acheropita Papazone
Adalgamir Marge
Adegesto Pataca
Adoração Arabites
Aeronauta Barata
Agrícola Beterraba Areia
Agrícola da Terra Fonseca
Alce Barbuda
Aldegunda Carames More
Aleluia Sarango
Alfredo Prazeirozo Texugueiro
Alma de Vera
Amado Amoroso
Amável Pinto
Amazonas Rio do Brasil Pimpão
América do Sul Brasil de Santana
Amin Amou Amado
Amor de Deus Rosales Brasil (feminino)
Anatalino Reguete
Antônio Americano do Brasil Mineiro
Antonio Buceta Agudim
Antonio Camisão
Antonio Dodói
Antonio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado
Antonio Melhorança
Antônio Morrendo das Dores
Antonio Noites e Dias
Antônio P. Testa
Antonio Pechincha
Antônio Querido Fracasso
Antonio Treze de Junho de Mil Novecentos e Dezessete
Antônio Veado Prematuro
Apurinã da Floresta Brasileira
Araci do Precioso Sangue
Argentino Argenta
Aricléia Café Chá
Armando Nascimento de Jesus
Arquiteclínio Petrocoquínio de Andrade
Asteróide Silverio
Ava Gina (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida)
Bananéia Oliveira de Deus
Bandeirante do Brasil Paulistano
Barrigudinha Seleida
Bende Sande Branquinho Maracajá
Benedito Autor da Purificação
Benedito Camurça Aveludado
Benedito Frôscolo Jovino de Almeida Aimbaré Militão de Souza
Baruel de Itaparica Boré Fomi de Tucunduvá
Benigna Jarra
Benvindo Viola
Bispo de Paris
Bizarro Assada
Boaventura Torrada
Bom Filho Persegonha
Brandamente Brasil
Brasil Washington C. A. Júnior
Brígida de Samora Mora
Belderagas Piruégas de
Alfim Cerqueira Borges Cabral
Bucetildes (chamada, pelos familiares, de Dona Tide)
Cafiaspirina Cruz
Capote Valente e Marimbondo da Trindade
Caius Marcius Africanus
Carabino Tiro Certo
Carlos Alberto Santíssimo Sacramento
Cantinho da Vila Alencar da Corte Real Sampaio
Carneiro de Souza e Faro
Caso Raro Yamada
Céu Azul do Sol Poente
Chananeco Vargas da Silva
Chevrolet da Silva Ford
Cincero do Nascimento
Cinconegue Washington Matos
Clarisbadeu Braz da Silva
Colapso Cardíaco da Silva
Comigo é Nove na Garrucha Trouxada
Confessoura Dornelles
Crisoprasso Compasso
Danúbio Tarada Duarte
Darcília Abraços
Carvalho Santinho
Deus Magda Silva
Deus É Infinitamente Misericordioso
Deusarina Venus de Milo
Dezêncio Feverêncio de Oitenta e Cinco
Dignatario da Ordem Imperial do Cruzeiro
Dilke de La Roque Pinho
Disney Chaplin Milhomem de Souza
Dolores Fuertes de Barriga
Dosolina Piroca Tazinasso
Drágica Broko
Ernesto Segundo da Família Lima
Esdras Esdron Eustaquio Obirapitanga
Esparadrapo Clemente de Sá
Espere em Deus Mateus
Estácio Ponta Fina Amolador
Éter Sulfúrico Amazonino Rios (socorro...)
Excelsa Teresinha do Menino Jesus da Costa e Silva
Faraó do Egito Sousa
Fedir Lenho
Felicidade do Lar Brasileiro
Finólila Piaubilina
Flávio Cavalcante Rei da Televisão
Francisco Notório Milhão
Francisco Zebedeu Sanguessuga
Francisoreia Doroteia Dorida
Fridundino Eulâmpio
Gigle Catabriga
Graciosa Rodela D'alho
Heubler Janota
Hidráulico Oliveira
Himineu Casamenticio das Dores Conjugais
Holofontina Fufucas
Homem Bom da Cunha Souto Maior
Horinando Pedroso Ramos
Hugo Madeira de Lei Aroeiro
Hypotenusa Pereira
Ilegível Inilegível
Inocêncio Coitadinho
Isabel Defensora de Jesus
Izabel Rainha de Portugal
Janeiro Fevereiro de Março Abril
João Bispo de Roma
João Cara de José
João Cólica
João da Mesma Data
João de Deus Fundador do Colto
João Meias de Golveias
João Pensa Bem
João Sem Sobrenome
Joaquim Pinto Molhadinho
José Amâncio e Seus Trinta e Nove
José Casou de Calças Curtas
José Catarrinho
José Machuca
José Maria Guardanapo
José Padre Nosso
José Teodoro Pinto Tapado
José Xixi
Jovelina Ó Rosa Cheirosa
Jotacá Dois Mil e Um Juana Mula
Júlio Santos Pé-Curto
Justiça Maria de Jesus
Lança Perfume Rodometálico de Andrade
Leão Rolando Pedreira
Leda Prazeres Amante
Letsgo Daqui (let's go)
Liberdade Igualdade
Fraternidade Nova York Rocha
Libertino Africano Nobre
Lindulfo Celidonio Calafange de Tefé
Lynildes Carapunfada Dores Fígado
Magnésia Bisurada do Patrocínio
Manganês Manganésfero Nacional
Manolo Porras y Porras
Manoel de Hora Pontual
Manoel Sovaco de Gambar
Manuel Sola de Sá Pato
Manuelina Terebentina
Capitulina de Jesus Amor Divino
Marciano Verdinho das Antenas Longas
Maria Constança Dores Pança
Maria Cristina do Pinto
Magro Maria da Cruz Rachadinho
Maria da Segunda Distração
Maria de Seu Pereira
Maria Felicidade
Maria Humilde
Maria Máquina
Maria Panela
Maria Passa Cantando
Maria Privada de Jesus
Maria Tributina Prostituta Cataerva
Maria-você-me-mata
Mário de Seu Pereira
Meirelaz Assunção
Mijardina Pinto
Mimaré Índio Brazileiro de Campos
Ministéio Salgado
Naida Navinda Navolta Pereira
Napoleão Estado do Pernambuco
Napoleão Sem Medo e Sem Mácula
Natal Carnaval
Natanael Gosmoguete de Souza
Necrotério Pereira da Silva
Novelo Fedelo
Oceano Atlântico Linhares
Olinda Barba de Jesus
Orlando Modesto Pinto
Orquerio Cassapietra
Otávio Bundasseca
Pacífico Armando Guerra
Padre Filho do Espírito Santo Amém
Pália Pélia Pólia Púlia dos Guimarães Peixoto
Paranahyba Pirapitinga Santana
Penha Pedrinha Bonitinha da Silva
Percilina Pretextata
Predileta Protestante
Peta Perpétua de Ceceta
Placenta Maricórnia da Letra Pi
Plácido e Seus Companheiros
Pombinha Guerreira Martins
Primeira Delícia Figueiredo Azevedo
Primavera Verão Outono Inverno
Produto do Amor Conjugal de Marichá e Maribel
Protestado Felix Correa
Radigunda Cercená Vicensi
Remédio Amargo
Renato Pordeus Furtado
Ressurgente Monte Santos
Restos Mortais de Catarina
Rita Marciana Arrotéia
Rocambole Simionato
Rolando Caio da Rocha
Rolando Escadabaixo
Rômulo Reme Remido Rodó
Safira Azul Esverdeada
Sansão Vagina
Sebastião Salgado Doce
Segundo Avelino Peito
Sete Chagas de Jesus e Salve Pátria
Simplício Simplório da Simplicidade Simples
Soraiadite das Duas a Primeira
Telesforo Veras
Tropicão de Almeida
Última Delícia do Casal Carvalho
Último Vaqueiro
Um Dois Três de Oliveira Quatro
Um Mesmo de Almeida
Universo Cândido
Valdir Tirado Grosso
Veneza Americana do Recife
Vicente Mais ou Menos de Souza
Vitória Carne e Osso
Vitimado José de Araújo
Vitor Hugo Tocagaita
Vivelinda Cabrita
Voltaire Rebelado de França
Wanslívia Heitor de Paula
Zélia Tocafundo Pinto

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sensibilidade Masculina


Um homem estava em coma há algum tempo. Sua esposa ficava na cabeceira da cama dele dia e noite. Até que um dia o homem acorda, faz um sinal para a mulher para se aproximar e sussurra-lhe:

- Durante todos estes anos você esteve ao meu lado. Quando me licenciei, você ficou comigo. Quando a minha empresa faliu, só você ficou lá e me apoiou. Quando perdemos a casa você ficou perto de mim. E desde que fiquei com todos estes problemas de saúde, você nunca me abandonou. Sabe de uma coisa?

Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas:

- Diz meu amor!

- Acho que você me dá azar...

Gregório de Matos, o "Boca do Inferno"

Poesia satírica

O “Boca do Inferno” não perdoava ninguém: ricos e pobres, negros, brancos e mulatos, padres, freiras, autoridades civis e religiosas, amigos e inimigos, todos, enfim, eram objeto de sua “lira maldizente”.

O governador Câmara Coutinho, por exemplo, foi assim retratado:

“Nariz de embono

com tal sacada,

que entra na escada

duas horas primeiro

que seu dono.”

Contudo, o melhor de sua sátira não é esse tipo de zombaria, engraçada e maldosa, mas a crítica de cunho geral aos vícios da sociedade. Sua vasta galeria de tipos humanos contribui para construir sua maior e principal personagem - a cidade da Bahia:

“Senhora Dona Bahia,

nobre e opulenta cidade,

madrasta dos naturais,

e dos estrangeiros madre.”

A cidade é assim descrita num poema:

“Terra que não aparece

neste mapa universal

com outra; ou são ruins todas,

ou ela somente é má.”

Mas nem sempre o poeta é rancoroso com sua cidade. No famoso soneto “Triste Bahia”, já musicado por Caetano Veloso, Gregório identifica-se com ela, ao comparar a situação de decadência em que ambos vivem. O poema abandona o tom de zombaria das sátiras para tornar-se um quase lamento:

“Triste Bahia! ó quão dessemelhante

Estás e estou do nosso antigo estado!

Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado,

Rica te vi eu já, tu a mim abundante.”

Depreende-se desse texto que as sátiras de Gregório de Matos esagradavam a muita gente. Por isso ele defende seu direito de escrevê-las.

Aos vícios

Eu sou aquele, que os passados anos

cantei na minha lira maldizente

torpezas do Brasil, vícios e enganos.

[.......................................................]

De que pode servir, calar, quem cala,

Nunca se há de falar, o que se sente?

Sempre se há de sentir, o que se fala?

Qual homem pode haver tão paciente,

Que vendo o triste estado da Bahia,

Não chore, não suspire, e não lamente?

[..........................................................]

Se souberas falar, também falaras,

Também satirizaras, se souberas,

E se foras Poeta, poetizaras.

A ignorância dos homens destas eras

Sisudos faz ser uns, outros prudentes,

Que a mudez canoniza bestas feras.

Há bons, por não poder ser insolente,

Outros há comedidos de medrosos,

Não mordem outros não, por não ter dentes.

Quantos há que os telhados têm vidrosos,

E deixam de atirar sua pedrada

De sua mesma telha receosos.

Uma só natureza nos foi dada:

Não criou Deus os naturais diversos,

Um só Adão formou, e esse de nada.

Todos somos ruins, todos perversos,

Só nos distingue o vício, e a virtude,

De que uns são comensais outros adversos.

Quem maior a tiver, do que eu ter pude,

Esse só me censure, esse me note,

calem-se os mais, chitom, e haja saúde.

Vocabulário

canonizar: considerar santo, incluir no rol dos santos;

quem maior a tiver: quem tiver virtude maior;

chitom: silêncio (do francês “chut donc”)


fonte:http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=literatura/docs/gregoriodematos

Glauco Mattoso

RHAPSODIA [1975]

Está escripta em attica prosa
a glosa da grammatica cryptica
por rectas regras syntacticas
com lettras gregas sympathicas
A glosa do cryptogramma
explica a photosynthese anthologica
de chrysanthemos
myosotis
cyclames
amaryllis
polychromicos
polyrhythmicos
polysyllabos
polychlorophyllados
desvenda a physionomia
de synonymos symmetricos
e etymologias philharmonicas
de analyses hyperphantasticas
e diphthongos phosphorescentes
de phonemas philosophicos
e morphemas psychophysicos
de estrophes sapphicas
e systemas orthographicos
mysteriosos
mysticos
mythicos
Myctericas physionomias desvenda
a glosa da grammathica criptica
escrypta em actica prosa
por rettas regras syntaticas
com lectras gregas sympatticas

NOTA: Adicionalmente ao que vai anotado sob o poema anterior, observe-se que, em "Rhapsodia", além de remeter ao concretismo e de satirizar o antigo sistema ortográfico (pelo qual havia até quatro maneiras diferentes de se escrever determinadas partículas homófonas), o poeta joga com imagens surrealistas, completando um quadro intencionalmente caricatural das vanguardas, próprio de seu estilo irreverente. No final as letras se embaralham, causando uma "impressão de bagunça", esta sugestiva do anarquismo do autor.
Fonte: http://glaucomattoso.sites.uol.com.br/marginais.htm

sábado, 16 de maio de 2009

Hieronymus Bosch





A obra de Hieronimus Bosch é uma das mais intrigantes que se conhece. Bosch explora a torturada fantasia do ser humano alguns séculos antes da psicanálise surgir. Traz a tona um tesouro inesgotável de cenas, como se todos os teatros fantásticos do mundo estivessem reunidos num só palco.O mistério da arte de Bosch é, em primeiro lugar, o próprio mistério da mente humana. A sua pintura mergulha em busca da realidade interior do homem.Por outro lado, o mistério da arte de Bosch é, em grande parte, o mistério medieval das aldeias do norte, cinzentas e envoltas em brumas. Camponeses supersticiosos viam em todas as coisas conteúdos assombrosos, desígnios sobre humanos, manifestações divinas e diabólicas. É justamente esse mundo povoado de terror, esse permanente pesadelo em que o pecado espreita a cada momento, esse mundo onde não há lugar para razão e onde o homem vive dilacerado por forças superiores, esse mundo macabro e tenebroso que constitui o tema e o objetivo da pintura de Bosch.

De estilo único, Bosch não tem paralelos na tradição da pintura holandesa. A Sua obra não se parece com a de nenhum outro pintor da época. A maioria das cenas de seus quadros giram em torno de cenas da vida de Cristo, ou de um santo sendo confrontado com o mal ou com a tentação. Muitas vezes as suas obras mostram alegorias ou provérbios sobre a insensatez do homem. Contudo, as suas obras parecem modernas mesmo quatrocentos anos depois de terem sido feitas. A influência de Bosch emergiu no Expressionismo e, mais tarde, no Surrealismo.

Jeroen van Aeken, cujo pseudónimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — Agosto de 1516), foi um pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI.

Acredita-se que a família era originária de Aachen, na Alemanha, conforme sugere o sobrenome, e estabelecera-se na Holanda ainda no início do século XV. O pai de Bosch, Anthonius van Aken, era pintor, assim como o avô, Jan, dois ou quatro tios, o irmão Goossen — que herdou a oficina paterna — e uma irmã (Heberta ou Katherine).

Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.

Em 1486 ingressa na Confraria da Virgem Maria, para a qual, além de pintar, organiza a representação teatral de mistérios. Em 1493 desenha os vitrais da Catedral de S. João da sua cidade natal.

Pintores alemães como Martin Schongauer, Matthias Grünewald e Albrecht Dürer influenciaram a obra de Bosch. Apesar de ter sido quase contemporâneo de Jan van Eyck, seu estilo era completamente diferente.

Especula-se que sua obra terá sido uma das fontes do movimento surrealista do Século XX, que teve mestres como Max Ernst e Salvador Dalí.
Pieter Brueghel o Velho foi influenciado pela arte de Bosch e produziu vários quadros num estilo semelhante.

História
O seu nome verdadeiro era Hieronymus (ou Jeroen) van Aken. Ele assinou algumas das suas peças como Bosch (pronuncia-se como boss em holandês), derivado da sua terra natal, 's-Hertogenbosch. Em Espanha é também conhecido como El Bosco.

Quase nada ou, muito pouco, se sabe sobre a vida de Bosch, mas com uma vida tranqüila e confortável, em sua infância morou numa casa abastada, onde religião e arte eram assuntos de fundamental importância. Morou a partir de 1462, num casarão da Grote Market, a praça mais importante de 's-Hertogenbosch, onde estava instalada a feira de tecidos, principal riqueza da cidade.Os Van Aken mantinham estreitas relações com a Catedral de São João, edifício gótico que constituía um dos maiores orgulhos da população local. Recebendo encomendas para decorar peças de mobiliário e colorir estátuas, e é possível que Jan tenha pintado um fresco sobre a Crucificação, datado de 1444.

Poucas biografias existem sobre Bosch, e nenhuma fornece indicações a respeito da sua evolução.
Há hipóteses de alguns estudiosos — não comprovadas — de que tenha estudado em algum centro próximo, como Utrecht, onde teria entrado em contacto com as iluminuras que influenciaram a sua obra em determinado período.

É mais provável, no entanto, que se tenha iniciado na arte sob a orientação do pai ou de um dos tios (o avô havia morrido na época do seu nascimento).
Por volta de 1480 ou 1481, possivelmente, Bosch recebeu o grau de mestre na corporação dos pintores de 's-Hertogenbosch. Nesta mesma época, é citado pela primeira vez como marido de Aleyt Goyaerts van den Meervenne, com quem se casara em cerca de 1478, esta era alguns anos mais velha e proveniente de uma rica família local. Aleyt sem dúvida favoreceu-o com polpudo dote e ajudou-o a estabelecer importantes contactos sociais. Seu casamento trouxe a Bosch prosperidade, tornando-se proprietário de terrenos na vila vizinha de Oorschot e vários outros imóveis, que lhe permitiram viver confortavelmente até seus últimos dias — embora também lhe causassem trabalho e preocupação, pois, sabe-se que por várias vezes precisou cuidar de questões referentes a esses bens e parece que em 1481 envolveu-se num processo legal com o cunhado. No entanto, esses problemas não devam ter afectado sua vida conjugal, que, acredita-se, transcorreu feliz, num lar tranquilo e sem filhos.
Propostas por Wilhelm Frãnger, uma das teses mais conhecidas, sugere que o pintor pertencia ao grupo Homines Intelligentiae, organização satélite da seita dos Irmãos e Irmãs do Livre Espírito, também conhecidos como adamitas. Seita herética que surgiu no século XIII e, durante o século XV, fora difundida pela Alemanha, Bélgica e Holanda. Seus adeptos acreditavam que toda a humanidade seria salva desde que recuperasse a inocência de Adão e Eva no Paraíso perdido, e o meio mais eficiente de atingir este objetivo seria a prática do acto sexual em promiscuidade ritualística. De acordo com essa tese, o célebre tríptico O Jardim das Delícias focalizaria a orgia ritual de alguns adamitas de s-Hertogenbosch. Nenhuma prova existe de que Bosch, ou qualquer outra pessoa da cidade pertencessem à seita do Livre Espírito, nem que esta tenha sobrevivido até a época da elaboração do tríptico.





A hipótese muito mais viável é a de que Bosch tenha participado da Irmandade da Vida Comum, uma das muitas confrarias religiosas que proliferavam em 's-Hertogenbosch. Criada no século XIV por Gerhard Grote, discípulo do grande místico e eremita flamengo Jan van Ruysbroeck, e levada para a cidade de Bosch na primeira metade do século XV, esta Irmandade pregava um novo espírito de vida religiosa, combatia ao mesmo tempo as seitas heréticas e a corrupção do clero. A firme devoção de seus adeptos levava-os a renunciar aos apelos do mundo e a partilhar tudo que possuíam. As idéias da Vida Comum provavelmente exerceram forte influência sobre a religiosidade e a arte de Bosch, que as teria apreendido tanto nas reuniões a que provavelmente comparecia como nas obras de místicos flamengos contemporâneos que também as adotavam.


A IRMANDADE DE NOSSA SENHORA
Foram possivelmente as mesmas idéias que ocasionaram profunda mudança na orientação da Irmandade de Nossa Senhora. Fundada em 1318, a Irmandade durante quase um século dedicou-se basicamente a tarefas ligadas ao culto, sobretudo ao culto mariano; seus membros, homens e mulheres, leigos e religiosos, tratavam, entre outros encargos, de providenciar novas composições musicais para suas missas diárias e encomendar obras de arte para adornar sua própria capela na Catedral de São João, onde mantinham uma imagem da Virgem tida como miraculosa. Talvez sob influência da Vida Comum, a partir do século XV a Irmandade passou a dedicar-se também a obras de caridade, ampliando ainda mais sua importância na vida da cidade.
Bosch ingressou na Irmandade de Nossa Senhora em 1486 ou 1487, onde sua mulher era membro.Seu nome, porém, começou a constar dos registros da confraria alguns anos antes. Estes informam, por exemplo, que em 1480/81 Bosch comprou da Irmandade dois retábulos que seu pai deixara inacabados; não há maiores explicações a respeito, mas é possível ter adquirido as obras com a intenção de concluí-las. Mais tarde, entre 1488 e 1492, Bosch pintou as portas de um retábulo de madeira sobre Nossa Senhora, cujo painel central fora esculpido em 1476/77 por Adriaen van Wesel, de Utrecht. Elaborou no ano de 1493/94, um vitral para a nova capela da Irmandade. Entre 1499 e 1503, os registros silenciam a seu respeito, supondo-se que, nesse período, Bosch tenha viajado para a Itália.

Existem registos de que em 1504 Filipe o Belo da Borgonha encomendou a Bosch um altar que deveria representar o Juízo final, o Céu e o Inferno. A obra, actualmente perdida (sem unanimidade julga-se que um fragmento da obra corresponde a um painel em Munique), valeu ao pintor o reconhecimento e várias encomendas posteriores. Os primeiros críticos de Bosch conhecidos foram os espanhóis Filipe de Guevara e Pedro de Singuenza. Por outro lado, a grande abundância de pinturas de Bosch em Espanha é explicada pelo facto de Filipe II de Espanha ter coleccionado avidamente as obras do pintor.

Bosch é considerado o primeiro artista fantástico.


Obra
Bosch destaca-se pela sua originalidade. Vive numa época muito apressada entre a Idade Média e o Renascimento, e há nele um moralismo e um tratamento das alegorias tipicamente medievais. O seu sentido de humor e o seu ânimo burlesco são inconfundíveis. Por outro lado, a sua expressão esotérica aparenta-o com os cultivadores da alquimia. O seu modo de considerar os santos como seres comuns e vulneráveis (As Tentações de Santo Antão, tríptico, no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa) difere da tradição medieval. Sendo embora um pioneiro que cultiva as representações realistas de um modo insólito na época, as suas obras estão submersas no universo medieval das farsas, das bruxas e das extravagâncias. Às vezes parece roçar o mundo da loucura (A Nave dos Loucos) ao reflectir os atrozes castigos que esperam os pecadores (O Juízo Final, díptico conservado em Bruxelas) ou as tentações dos prazeres proibidos (O Jardim das Delícias, no Prado). Este último quadro, com as suas cenas oníricas e fantásticas, de grande originalidade, é admirado e constantemente reinterpretado ao longo dos séculos. Obra grande sua é o Carro de Feno, símbolo dos prazeres materiais: o carro está ocupado por um par de namorados e, além disso, tentam subir para ele personagens de todo o tipo, desde um vilão até um imperador e um papa. O talento de Bosch reside em saber ultrapassar a mera narração do seu universo simbólico para o recriar com um dinamismo surpreendente.











Actualmente apenas se conservam cerca de 40 originais seus, dispersos na sua maioria por museus da Europa e Estados Unidos da América. De entre estes, a colecção do Museu do Prado de Madrid é considerada a melhor para estudar a sua obra, visto abrigar a maioria daquelas que são consideradas pelos críticos como as melhores obras do pintor.

As obras de Bosch demonstram que foi um observador minucioso bem como um refinado desenhador e colorista. O pintor utilizou estes dotes para criar uma série de composições fantásticas e diabólicas onde são apresentados, com um tom satírico e moralizante, os vícios, os pecados e os temores de ordem religiosa que afligiam o homem medieval. Exemplos destas obras são:

O Carro de Feno - (Museu do Prado, Madrid)O Jardim das Delícias - (Museu do Prado, Madrid)O Juízo Final - (Akademie der Bildenden Künste, Viena)As Tentações de Santo Antão - primeira versão - (Museu de Arte de São Paulo, São Paulo)As Tentações de Santo Antão - versão definitiva - (Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)Os Sete Pecados Mortais - (Museu do Prado, Madrid)Navio dos Loucos ou A Nau dos Insensatos - (Museu do Louvre, Paris)Morte e o Avarento - (Galeria Nacional de Arte em Washington, DC.


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A par destas obras, que imediatamente se associam ao pintor, há que referir que mais de metade das obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.
O original tríptico As Tentações de Santo Antão esta incorporado no Museu Nacional de Arte Antiga a partir do antigo Palácio Real das Necessidades. Desconhecem-se as circunstâncias da chegada da obra a Portugal, não sendo certo que tenha feito parte da colecção do humanista Damião de Góis, como algumas vezes é referido.
Fontes:

quarta-feira, 13 de maio de 2009

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Bem Bolado

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Menestrel

Basicamente podemos dizer que o Menestrel era, na Europa medieval, o poeta bardo cuja performance lírica referia a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. Embora criassem seus próprios contos, muitas vezes memorizavam e floreavam obras de outros. À medida que as cortes foram ficando mais sofisticadas, os menestréis eram substituídos por trovadores, e vários deles tornaram-se errantes, apresentando-se para a população comum, tornado assim os divulgadores das obras de outros autores. um exemplo de Menestrel é o Cárlisson Galdino(http://bardo.castelodotempo.com/poesias) e um exemplo de suas poesias é:
Um dia um bravo e honrado cavaleiro
Que não perdera nunca uma luta
Foi desafiado por um pistoleiro
Para um combate na frente da gruta

O cavaleiro com a espada de ouro
Foi se encontrar com o desafiante
Desconhecendo a arma de estouro
Não receou sequer por um instante

Partiu e foi ter co'aquele rapaz
Lá estava ele, fora da cidade
E contra o alvo em ataque voraz

E o invencível, alheio à verdade
Contra o covarde se lançava, mas
Veio, ao som de um trovão, desigualdade

-- Cárlisson Galdino

Esta poesia obedece a "regra básica", dos menestréis, de retratar histórias de lugares distantes, e ainda eventos históricos reais ou imaginários

Diversidade linguistica

Santos nomes em Vãos
Drama verídico e gerado por virgulazinhas mal postas, cúmplices de tantas reticências.
Praxedes é gramático. Aristarco também. Com esses nomes não poderiam ser cantores de
rock. Os dois trabalham num jornal – Praxedes despacha as questiúnculas à tarde. Aristarco,
à noite. Um jamais concordou com uma vírgula sequer do outro, e é lógico que seja assim.
Seguem correntes diversas. A gramática tem isso: é democrática. Permitindo mil versões, dá quem sustenta uma delas o prazer de vencer.
Praxedes é um santo homem, Aristarco também. Assinam listas, compram rifas, ajudam
quem precisa. E são educados. A voz dos dois é mansa, quase um sussurro. Mas que ninguém se atreva a discordar de um pronome colocado por Praxedes. Ou de uma crase posta por
Aristarco. Se a conversa ameaça escorregar para os verbos defectivos ou para as partículas
apassivadoras, melhor escapar enquanto dá. Porque aí cada um deles desanda a bramir como
um leão. [...]
Para que os dois não se matem, o chefe pôs cada um num horário. Praxedes, mais liberal
(vendilhão, segundo Aristarco), trabalha nos suplementos do jornal, que admitem uma
linguagem mais solta. Aristarco, ortodoxo (quadradão, segundo Praxedes), assume as vírgulas
dos editoriais e das páginas de política e economia. [...]
Sempre estiveram a um passo do quebra-pau. Hoje, para festa dos ignorantes e dos
mutiladores do idioma, parece que finalmente vão dar esse passo. É dia de pagamento e eles se
encontram na fila do banco. Um intrigante vem pondo fogo nos dois há já um mês e agora
ninguém duvida: nunca saberemos quem é o melhor gramático, mas hoje vamos descobrir quem
é mais eficiente no braço.
Aristarco toma a iniciativa. Avança e despeja:
— Seu patife, biltre, poltrão, pusilânime.
Praxedes responde à altura:
— Seu panaca, almofadinha, calhorda, caguincha.
Aristarco mete o dedo no nariz de Praxedes:
— É a vossa progenitora!
Praxedes toca o dedo no nariz de Aristarco:
— É a sua mãe!
Engalfinham-se, rolam pelo chão, esmurram-se.
Quando o segurança do banco chega para apartar, é tarde. Praxedes e Aristarco estão
desmaiados um sobre o outro, abraçados, como amigos depois de uma bebedeira.
O guarda pergunta à torcida o que aconteceu. Um boy que viu tudo desde o começo
explica:
— Pra mim, esses caras não é bom da bola. Eles começaram a fala em estrangero, um
estranho o otro, os dois foram se esquentando, esquentando, e aí aquele ali, ó, que também
fala brasileiro, pôs a mãe no meio. Levô uma bolacha e fico doido: enfiô o braço no focinho do
otro. Aí os dois rolô no chão.
Para a sorte do boy, Aristarco e Praxedes continuavam descordados.
Raul Drewnick. O Esta
São Paulo, OESP, 6/3/1988.do de S. Paulo – Caderno 2, pág. 2.

Este texto é um exemplo do que é a diversidade liguistica, que nada mais é do falar as coisa com outra maneira, por exemplo: se eu falar progenitora ao invés de mãe ou pusilânime ao invés de covarde.

Canção de amigo, Chico buarque

Atrás da porta


Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Composição: Francis Hime/Chico Buarque


A canção "atrás da porta" foi composta por Francis hime e Chico Buarque e pode ser considerara, no Trovadorismo, como canção de amigo, pois o eu-lírico é uma mulher, e ela está se queixando do fato de seu amado ter rompido o relacionamento.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cruzamento das músicas

Atividade

01. "o trovador" (trovadorismo)- A musica "o trovador" quando relacionada ao trovadorismo pode ser clacificada como cantiga de amor, pois o eu-lirico relata que uma sinha mocinha se encantava com seus versos.

"queixa" (trovadorismo)- A canção "queixa" pode ser classificada como cantiga de amor, pois o eu-lirico relata que uma mulher desprezou o amor que ele sentia por ela.

"sozinho"(trovadorismo)- na musica "sozinho" o eu-lirico faz uma queixa a falta de um amor, caracteristica de cantiga de amigo.

"incelença pro amor retirante"(trovadorismo)- nessa música o eu-lirico fala de um amor que foi embora e nunca mais voltou, e isso é caracteristica de cantiga de amigo.

02- De um modo geral o Clacissismo é uma escola literaria que visa o antropocentrismo, já o Barroco é uma escola literaria que era voltada para Deus, por exmplo nas obras do pintor jacques louis David (morte de socrates) que retratava o homem como tema (classicismo) e usava jogo de luz e sombra como o pintor Caravaggio (barroco) que usava a imagem de pessoas comuns para retratar a imagem de Maria e os apóstolos.